"Senhores passageiros, por problemas técnicos a viagem estará um pouco atrasada, desculpe-nos a incoveniência."
Sim, acontece aqui também.
Não é na mesma frequência e com as mesmas consequências como lá no Rio, mas acontece. A diferença é que quando um ônibus (trem não tem entre Magé e Niterói, meu trajeto de sempre) quebra na estrada, nenhuma voz por alto-falante nos informa do problema: a gente sente na fumaça, ou ouve no motor que não quer pegar... o pessoal já está condicionado. Sabe aquele ritual que ensinam no avião caso haja acidente? Pois bem, no Rio é na vida que se aprende:
"O problema está sendo resolvido. Chegaremos à Tampere em alguns minutos"
Na verdade, nesses dois anos de viagens quase diárias (principalmente até junho desse ano) eu praticamente não tive um problema sequer com transporte. A viagem de Lahti pra Tampere dura duas horas, seja de ônibus ou trem. Se eu quero dormir no caminho, vou de ônibus pois a viagem não tem paradas. Se quero mais espaço, vou de trem mesmo que tenha que trocar em Rihimäki, cidade no meio do caminho. Ambos, de qualquer modo, são muito confortáveis.
"Problema resolvido, em breve continuaremos nossa viagem. Obrigado e desculpe pelo transtorno"
20 minutos.
Esse foi o tempo que levou pra resolver o problema. Aqui, o pessoal é bem eficiente em resolver dificuldades, e a impressão que eu tenho é que o passageiro está sempre em primeiro lugar. Na única vez que vivi um ônibus dar problema, a solução foi uma ótima surpresa pra mim e pras outras cinco pessoas que estavam no ponto.
O motorista, vendo que o ônibus não pegaria, chamou um taxi-van (aqui num tem transporte alternativo) pra nós. Daí, fomos de taxi até a empresa mandar outro ônibus pra nos alcançar. Tudo para manter o horário. Pensei logo nas vezes em que saí de um ônibus onde estava sentado pra entrar em outro lotado disputando suvaqueira com o pessoal do cheirinho...
Chegamos na estação e no fim, todos ficaram bem na linda manhã ensolarada (11 graus e caindo) de hoje. Como eu estava sem pressa, não me estressei. Fui pra universidade e resolvi o que tinha que resolver. Voltei pra estação, comprei meu bilhete na máquina automática, entrei no vagão, achei meu lugar, inclinei o assento e tentei cochilar.
20 minutos.
Esse foi o tempo que me levou até acordar com um calor dos infernos e com uma voz informando pelo alto-falante aquilo que só acontece com a mesma proporção dos raios que caem no mesmo lugar.
"Senhores passageiros, por problemas técnicos a viagem estará um pouco atrasada, desculpe-nos a incoveniência."
Sim, acontece aqui também...
Sim, acontece aqui também.
Não é na mesma frequência e com as mesmas consequências como lá no Rio, mas acontece. A diferença é que quando um ônibus (trem não tem entre Magé e Niterói, meu trajeto de sempre) quebra na estrada, nenhuma voz por alto-falante nos informa do problema: a gente sente na fumaça, ou ouve no motor que não quer pegar... o pessoal já está condicionado. Sabe aquele ritual que ensinam no avião caso haja acidente? Pois bem, no Rio é na vida que se aprende:
Ônibus quebra e encosta - passageiros levantam, vão para a lateral da pista - esperam o próximo ônibus - rezam pra ter lugar pra sentar - nunca tem - se bobear, têm que pagar outra passagem - chegam 2 horas depois no destino final.O meu caso ocorrido hoje, indo pra Tampere, foi no trem da VR. No ano passado, principalmente no inverno, os trens estavam atrasando com uma frequência anormal: pelo menos uma vez por semana o trem vinha 5 minutos, ou 10 depois do horário. Um dia, demorou mais de uma hora (aí eu troquei o bilhete pra outro dia e peguei o ônibus). Só que o tipo de problema de hoje - o trem parar no caminho - foi a primeira vez que experimentei aqui. E olha que viajo quase sempre.
"O problema está sendo resolvido. Chegaremos à Tampere em alguns minutos"
Na verdade, nesses dois anos de viagens quase diárias (principalmente até junho desse ano) eu praticamente não tive um problema sequer com transporte. A viagem de Lahti pra Tampere dura duas horas, seja de ônibus ou trem. Se eu quero dormir no caminho, vou de ônibus pois a viagem não tem paradas. Se quero mais espaço, vou de trem mesmo que tenha que trocar em Rihimäki, cidade no meio do caminho. Ambos, de qualquer modo, são muito confortáveis.
"Problema resolvido, em breve continuaremos nossa viagem. Obrigado e desculpe pelo transtorno"
20 minutos.
Esse foi o tempo que levou pra resolver o problema. Aqui, o pessoal é bem eficiente em resolver dificuldades, e a impressão que eu tenho é que o passageiro está sempre em primeiro lugar. Na única vez que vivi um ônibus dar problema, a solução foi uma ótima surpresa pra mim e pras outras cinco pessoas que estavam no ponto.
O motorista, vendo que o ônibus não pegaria, chamou um taxi-van (aqui num tem transporte alternativo) pra nós. Daí, fomos de taxi até a empresa mandar outro ônibus pra nos alcançar. Tudo para manter o horário. Pensei logo nas vezes em que saí de um ônibus onde estava sentado pra entrar em outro lotado disputando suvaqueira com o pessoal do cheirinho...
Chegamos na estação e no fim, todos ficaram bem na linda manhã ensolarada (11 graus e caindo) de hoje. Como eu estava sem pressa, não me estressei. Fui pra universidade e resolvi o que tinha que resolver. Voltei pra estação, comprei meu bilhete na máquina automática, entrei no vagão, achei meu lugar, inclinei o assento e tentei cochilar.
20 minutos.
Esse foi o tempo que me levou até acordar com um calor dos infernos e com uma voz informando pelo alto-falante aquilo que só acontece com a mesma proporção dos raios que caem no mesmo lugar.
"Senhores passageiros, por problemas técnicos a viagem estará um pouco atrasada, desculpe-nos a incoveniência."
Sim, acontece aqui também...